Câmara Municipal aprova projeto para denominação de Ciclovia Marilei Borgonove Garrido “Marlei”

A Câmara Municipal de Votuporanga aprovou por unanimidade na sessão ordinária desta segunda-feira (15/04) o projeto de lei Nº 146/2023, que passa a denominar Ciclovia Marilei Borgonove Garrido “Marlei”, a atual ciclovia localizada na Avenida Emílio Arroyo Hernandes, criada após conclusão de parte das obras de revitalização daquela via.
A aprovação foi acompanhada por amigos e familiares presentes nas galerias do plenário do Palácio 8 de Agosto.

Histórico
Marilei Borgonove Garrido “Marlei” nasceu em 27 de fevereiro de 1963, em Votuporanga-SP, filha de Amélia Borgonove Garrido e Joaquim Garrido. Marilei sempre gostou de ser chamada de “MARLEI”. De família muito humilde, era a quarta filha de sete irmãos. Desde criança “trabalhava pra ajudar no sustento da família”. Seu pai era vendedor ambulante e Marlei o ajudava. Após a separação de seus pais, para ajudar a família em dificuldades financeiras que em muitos momentos contava com auxílio de alimentos ganhados, começou a trabalhar como empregada.
Desde criança, foi uma mulher muito esforçada e trabalhadeira, trabalhava nas lavouras de algodão, trabalhou como faxineira e também como balconista e ajudante de cozinha na extinta “Panificadora Votuporanga”. Em 1983 com 20 anos casou-se e continuou trabalhando como balconista e ajudante de padaria. Em 1986 nasceu sua primeira filha Vanessa, onde em função dos cuidados com a filha começou trabalhar como faxineira na possibilidade da filha a acompanhar no trabalho. Em meados de 1990 na tentativa de trabalhar como autônoma ela e seu marido, começam um pequeno “bar” em um posto de gasolina, extinto “Posto Amazonas”. Desde então, sua habilidade na cozinha sempre foi notada, fazia uma das melhores bolinhas de carne, e seus dons da culinária sempre foram notados.
Em 1993 nasce sua segunda filha Natália. Marlei continuam trabalhando no ramo de fabricação de salgados e em 1994 surge a possibilidade de Marlei e seu marido arrendarem a “Panificadora Camila”. Isso foi a realização de um sonho e muito trabalho também. O espírito empreendedor de uma mulher que apenas cursou o primeiro ano de escola foi surpreendido.
Dona de muita perseverança nunca desistiu do seu propósito de melhorar financeiramente sua vida e da família. De um coração muito generoso, sempre auxiliava as igrejas, ongs e propostas do ramo social para auxiliar os mais necessitados. Sempre ativa a ajudar voluntariamente em alimentos e financeiramente.
Em 2001 após o divórcio, Marlei se propõe a mais trabalho, uma das boas memórias é de sempre dizer que a “Padaria Camila” era sua terceira filha e tão especial quanto as outras (SIC). Como proprietária da Panificadora Camila foram 25 anos de muito trabalho, sucesso e muitas conquistas, seus esforços foram reconhecidos, e trabalhar era uma gratificação estampada no rosto em todos os dias. Marlei era uma pessoa de personalidade forte, iniciativa, perseverança e fé sempre acreditou que toda conquista é resultado de trabalho e nunca mediu esforços para trabalhar por até 18 horas diariamente.
Em 2018 encerra as atividades no comércio e dedica-se a trabalhos voluntários, sempre dizia que “ajudar o próximo era gratificante, eu sei como é ter fome, já fui criança” (SIC). Em 2021 um câncer agressivo de pulmão infelizmente avançado encerrou a jornada dessa guerreira, com apenas 58 anos, não houve tempo hábil para tratamento e em 21 de novembro de 2021 Marlei faleceu. Marlei deixa duas filhas Vanessa casada com Marcelo e Natália casada com Rafael além do neto Pedro, além de um legado de honestidade, perseverança, fé e muito trabalho, a paixão da sua existência aqui foi trabalhar para si e para próximo.

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