Sempre é tempo de se preocupar com a saúde. É importante ficar atento para as recomendações da campanha Fevereiro Roxo criada para alertar e conscientizar a população sobre três doenças que não tem cura: Alzheimer, fibromialgia e lúpus. Ao serem identificadas e tratadas no início, a progressão dos sintomas pode ser retardada.
As três doenças, embora sejam diferentes, comprometem a qualidade de vida das pessoas que convivem com elas. Não há cura até o momento, mas com acompanhamento profissional e tratamento especializado é possível minimizar os danos e aumentar o tempo das capacidades funcionais dos pacientes.
Conheça mais sobre cada doença, tratamentos e prevenção:
Fibromialgia
Mais comum em mulheres na faixa etária de 30 a 50 anos de idade, a fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor muscular generalizada e afeta 2,5% da população mundial, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Além da dor, o paciente pode ter a percepção de que o sono não é reparador, sentir cansaço constante, ter alterações na concentração e humor, ansiedade e depressão. Embora não haja cura, com o tratamento adequado é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O diagnóstico é clínico, realizado a partir do histórico médico, exames físicos e laboratoriais. Já o tratamento consiste em aliviar os sintomas do paciente, que pode ser submetido a uma reeducação de condicionamento físico, relaxamento muscular, ações terapêuticas e até mesmo medicamentos e antidepressivos.
Em caso de suspeita, é indicado buscar atendimento na UBS mais próxima da sua residência e, se for necessário, a unidade fará o encaminhamento para a rede especializada.
Alzheimer
É uma doença neurodegenerativa crônica que acomete com maior frequência pessoas idosas, sendo caracterizado pela perda progressiva das funções cognitivas, alterações de comportamento e de personalidade que interferem na capacidade de trabalho e nas relações sociais. A causa é desconhecida, mas estudos apontam questões genéticas e estilo de vida como fatores que contribuem para o surgimento da condição.
O Alzheimer costuma evoluir de forma lenta e progressiva. O primeiro sintoma a ser percebido é a falta de memória para fatos recentes, e com o passar do tempo outros sintomas vão surgindo.
A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. No entanto, o tratamento consiste em retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais e executivas. Os melhores resultados são obtidos quando o acompanhamento é iniciado nas fases mais precoces.
Lúpus
É uma doença de origem autoimune, ou seja, ocorre quando o sistema imunológico ataca órgãos e tecidos do corpo ao invés de desempenhar o seu papel de protegê-los. A doença inflamatória crônica, também conhecida como lúpus eritematoso sistêmico (LES), é reconhecida em dois principais tipos: cutâneo, quando se manifesta na pele, e sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.
Os sintomas aparecem lentamente, mas são contínuos e variam em fases de atividade e remissão.
A causa do lúpus ainda é desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais contribuem para seu desenvolvimento. O diagnóstico é feito com base no reconhecimento médico dos sintomas relacionados à doença, além do conjunto de alterações clínicas e laboratoriais.
O tratamento da doença é individualizado, uma vez que depende do tipo de manifestação apresentada por cada quadro. O intuito é controlá-la, de forma a minimizar os efeitos colaterais e proporcionar uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Por ser uma doença crônica, é importante manter o acompanhamento médico contínuo e o uso de medicamentos receitados pelo profissional.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento e tratamento para pacientes com lúpus. Diante da suspeita da doença, as pessoas devem procurar uma UBS. A partir daí, se for o caso, ele será encaminhado ao especialista.